Academia Maranhense de Trovas - AMT
A trova como instrumento de linguagem e emoções: poesia minimalista em sua completude
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AMT promove sua 4ª Oficina de Trovas de 2025

 

Academia Maranhense de Trovas (AMT) promoveu, na última quarta-feira (11), mais uma Oficina de Trovas, um dos principais projetos da instituição. Só neste ano já foram realizadas quatro edições do projeto.

 

A 4ª Oficina de Trovas de 2025 ocorreu na sede provisória da AMT, localizada na Cohama, também sede oficial da Sociedade Artística e Cultural Beto Bittencourt - SACBB, cujo espaço foi gentilmente cedido à "Casa de Carlos Cunha", pela presidente da SACBB, Joana Bittencourt.

 

A AMT, na oportunidade, recebeu o Coletivo de Escritores Maranhenses (CEM), representado pelas autoras Ray Brandão, Ana Letícia Torres, Luzinete Silva e Katia Cilene.O artista performático e escritor Júlio Fernandes também participou da oficina que fora ministrada pela presidente da AMT, Wanda Cunha, sob a tutoria da trovadora Joana Bittencourt.

 

Como ocorre em todas as oficinas promovidas pela AMT, ao final foram produzidas várias trovas e revelados os novos trovadores. Dentre as trovas garimpadas na oficina, destacou-se a da escritora Ray Brandão abaixo transcrita:

 

"Por que és triste, poeta?

Penas como um vagabundo.

Tens no peito a dor secreta:

todas as dores do mundo".

 

O artista Júlio Fernandes também deixou registrada sua verve trovadoresca:

 

"A pergunta me foi feita,

a resposta não foi dita.

Tenho uma rima perfeita,

a minha trova é bendita".

 

Luzinete Silva também demonstrou seus atributos de trovadora lírica:

 

"Nesta noite enluarada

de encantos e de paixão,

deixo-me tão enlevada

que transborda o coração".

 

Ana Letícia também enveredou pela temática do amor, demonstrando que se pode dizer e sentir muito em apenas quatro versos heptassílabos:

 

"Seu amor é eternizado,

a procura é acirrada,

sentimento rebuscado;

essa busca é estressada".

 

Kátia Cilene "chegou chegando", dando uma dose de empoderamento e humor à sua trova:

 

"Por que tu sofres assim?

Tu não precisas mais disso.

Já tens tudo, tens a mim;

solteira, sem compromisso".

 

A oficina contou com um Coffee break patrocinado pela anfitriã e artista multifacetada Joana Bittencourt que também mostrou o acervo da SACBB e toda sua produção artística como artesã, escritora, compositora, ambientalista e produtora cultural. Ao final houve uma sessão de fotos com o banner da Dagmar Desterro e Silva, patrona do ano cultural de 2025 da AMT cujo centenário de nascimento será comemorado em setembro próximo.

 

Garimpando 50 trovas - A AMT abriu edital para preenchimento de cinco cadeiras para membros efetivos. Conforme estatuto, os candidatos devem apresentar 50 trovas autorais no ato de suas inscrições.

Para Wanda Cunha, as oficinas, além de propiciarem a disseminação da trova no Maranhão, vão permitir que os interessados concorram às cadeiras, cumprindo esse requisito do edital.

"Aqueles que quiserem concorrer a uma vaga na AMT e que ainda não escreveram as 50 trovas, facilmente poderão escrevê-las, após participarem das oficinas que são gratuitas. É uma exigência estatutária a apresentação de 50 trovas autorais àqueles que pretendem concorrer a uma vaga na Academia Maranhense de Trovas. Na época de Carlos Cunha, para ter assento à AMT, o candidato teria que apresentar cem trovas ", esclarece Wanda Cunha.

 

O edital para preenchimento de cinco cadeiras na AMT foi publicado em 18 de maio, aniversário de nascimento do patrono e fundador Carlos Cunha, no site da academia. O prazo para encerramento de inscrição vai até o dia 18 de julho, aniversário de nascimento de Luiz Otávio, príncipe dos trovadores e fundador da União Brasileiras de Trovadores.

Academia Maranhense de Trovas
Enviado por Academia Maranhense de Trovas em 12/06/2025
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