Academia Maranhense de Trovas - AMT
A trova como instrumento de linguagem e emoções: poesia minimalista em sua completude
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DIVULGADO O EDITAL DO II CONCURSO NACIONAL DE TROVAS DA DELEGACIA DA UBT SÃO LUÍS E AMT

 

A União Brasileira de Trovadores Nacional homologou, na semana passada, o II Concurso Nacional de Trovas promovido pela Delegacia da UBT de São Luís do Maranhão e pela Academia Maranhense de Trovas. O edital já se encontra à disposição dos interessados nos sites da UBT São Luís (EDITAL DO II CONCURSO DE TROVAS DA DELEGACIA DA UBT DE SÃO LUÍS DO MARANHÃO E DA ACADEMIA MARANHENSE DE TROVAS (recantodasletras.com.br)) e da AMT (Academia Maranhense de Trovas - AMT (prosaeverso.net)). As inscrições se estendem até 31 de outubro.

 

Os temas “Fantasia”, “Violeta”, “Professor(a)” e “Promessa” formam o rol da temática do concurso que, neste ano, presta uma homenagem à professora, escritora e conferencista maranhense Laura Rosa, que ingressou no mundo literário com o pseudônimo de Violeta do Campo;  primeira mulher a tomar assento na Academia Maranhense de Letras  (1943), onde ocupou a cadeira nº 26, patroneada por Antônio Lobo.

 

Para servir de fonte de pesquisa àqueles que pretendem participar do concurso, o edital traz uma biobibliografia da homenageada sob a luz da pesquisa da professora maranhense, pedagoga e doutora em Educação Diomar das Graças Motta, membro efetivo do Instituto Histórico e Geográfico do Maranhão.

 

Segundo a professora Diomar Motta, (Motta, Diomar das Graças. As mulheres professoras na política educacional do Maranhão, Editora Universitária, São Luís, 2003), Laura Rosa era filha de Cecília da Conceição Rosa e de pai desconhecido, nascida em 1º de outubro de 1884, em São Luís, no prédio da fábrica de tecidos Santa Amélia, à rua das Crioulas, no centro da Cidade. Laura Rosa foi criada por padrinhos os quais lhe deram boa educação; diplomou-se no dia 12 de janeiro de 1910, como professora normalista pela Escola Normal do Estado do Maranhão; no mesmo mês foi nomeada professora de um distrito de Caxias, município do Maranhão; faleceu aos 92 anos, no dia 14 de novembro de 1976, em Caxias.

 

“Apesar do pequeno avanço da mulher no mundo das letras (sobretudo, publicamente), seria inadmissível uma mulher, que não pertencia à elite econômica maranhense, impor seu nome, através de sua produção literária de forma ampla. O pseudônimo escondia a poetisa, mas, sobretudo, a mulher simples, filha ilegítima, a solteira e, possivelmente, a professora. Para a época, compatibilizar a atividade de professora, que gozava um certo respeito (independente da classe social) com a de poetisa (nada relevante em relação ao homem e menos considerada quando exercida pela mulher) deve ter sido difícil e nos leva a indagar as estratégias que possibilitaram essa conquista”, relata a professora Diomar Motta (p. 18).

 

JULHO: MÊS DO TROVADOR - A solenidade oficial do lançamento do Concurso de Trovas ocorre ainda neste mês de julho, quando se comemora também o 108º aniversário de Luiz Otávio, príncipe dos trovadores e fundador da União Brasileira de Trovadores, que nascera a 18 de julho de 1916. Durante a programação deste mês, a AMT, em parceria com a Delegacia da UBT de São Luís, estará divulgando, em suas redes sociais, trovas de Luiz Otávio e outras que versam sobre o homenageado. O dia 18 de julho foi consagrado, por força de lei, o Dia do Trovador, em vários municípios e estados da federação, em homenagem a Luiz Otávio, nome literário do cirurgião dentista Gilson de Castro.

 

Academia Maranhense de Trovas
Enviado por Academia Maranhense de Trovas em 07/07/2024
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